Afinal, quais são as pessoas certas e quais as erradas? Quem é merecedor e quem não é? Quem é justo e quem é injusto? Quem é digno de receber e quem não tem direito? Quem tem mérito e quem não tem? E, assim, quem pode e quem não pode?
Antes de respondermos essas perguntas, gostaria de propor a leitura dessa história que foi contada há bastante tempo por Jesus:
E disse: Um certo homem tinha dois filhos;
E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda.
E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente.
E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades.
E foi, e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos, a apascentar porcos.
E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada.
E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!
Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti;
Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros.
E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou.
E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho.
Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa; e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés;
E trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos, e alegremo-nos;
Porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se.
E o seu filho mais velho estava no campo; e quando veio, e chegou perto de casa, ouviu a música e as danças.
E, chamando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo.
E ele lhe disse: Veio teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo.
Mas ele se indignou, e não queria entrar.
E saindo o pai, instava com ele. Mas, respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos;
Vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou os teus bens com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado.
E ele lhe disse: Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas;
Mas era justo alegrarmo-nos e folgarmos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e achou-se.
Agora, podemos responder as questões!
Na verdade, Deus amou o filho que estava perdido, apesar de tudo de errado que ele tinha feito.
Mas e o segundo filho? O segundo filho estava REVOLTADO. Essa é a palavra. Afinal, ele tinha feito tudo certo, ele estava lá todo o dia, comparecendo, não dava trabalho, ele era o cara certinho, o cara legal, o cara que não fazia nada errado.
Ele devia pensar: O que eu ganhei com isso? Isso é injusto! Esse cara faz tudo errado, volta acabado e fazemos uma festa para ele? Não seria a hora dele ser punido?
Mas aí revela-se o caráter de Deus: amor e misericórdia.
Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens,
mas para salvá-las.
Não, ele não deveria ser punido. Ele deveria ser acolhido.
Será que o coração do segundo filho estava cheio de AMOR? Ou ele estava cumprindo um expediente apenas?
Não parece, pois tamanha a revolta com a volta do irmão perdido. Parece que ele perdeu tempo em fazer tudo certo.
No mundo em que vivemos, as pessoas consideradas “erradas” devem ser punidas e os “certos” devem ser recompensados. Mas Deus nos mostra que há PERDÃO, AMOR E MISERICÓRDIA.
Um coração bom deve se alegrar com a volta de um perdido!
Vocês perceberam que o conflito que às vezes não está aparente existe no coração humano? Pois o filho que não fugiu, mas ficou em casa com seu pai, aparentemente era o cara legal, mas no seu íntimo ele dizia: o que ganho em ser certo e bom? Já que o outro fez tudo errado e ganhou uma festa?
Essa historia mostra que o certo e o errado nem sempre estão na superfície, só Deus conhece os corações e pode deixa-los puros e limpos em benefícios da própria pessoa.
Para responder:
- O seu coração está em paz?